Combater a obesidade, o tabagismo e fazer uma alimentação adequada estão entre as decisões que ajudam na prevenção
O Dr. Rafael Scandiuzzi, médico oncologista, aconselha atenção aos cuidados para reduzir os riscos
O câncer de pâncreas é uma neoplasia maligna com alta taxa de mortalidade e é mais comum entre idosos, principalmente a partir dos 60 anos de idade. O médico oncologista cooperado da Unimed Uberaba, Dr. Rafael Scandiuzzi, atribui o quadro ao fato de ser uma doença silenciosa, ou seja, nas fases iniciais é assintomática.
Quando os sintomas aparecem, como a icterícia, que deixa a pele e o rosto amarelados, a urina escura, a coceira, as dores abdominais, as náuseas, os vômitos, a falta de apetite, a perda de peso, segundo ele, geralmente, a doença está mais avançada. “A alta taxa de mortalidade se deve ao fato de na maioria das vezes o diagnóstico ser feito de forma tardia”, enfatiza.
Os principais fatores de risco são a idade avançada, que não temos como modificar, mas também os modificáveis como a obesidade, diabetes 2, tabagismo, etilismo, alimentação inadequada principalmente devido à ausência de fibras, frutas e vegetais. “Se tomarmos esses cuidados podemos diminuir a incidência do câncer de pâncreas”, frisa.
Existem também, segundo o médico, alguns fatores genéticos que estão relacionados à maior prevalência da doença. “Quando surgirem os sintomas, é importante procurar um especialista gastrocirurgião ou cirurgião oncológico”, aconselha. A Unimed Uberaba, de acordo com ele, possui toda estrutura para fazer os exames de investigação incluindo as biopsias diagnósticas.
O especialista observa que a tomografia, ressonância magnética, colangioressonância, ultrassonografia são solicitados quando o paciente procura o especialista já apresentando os sintomas. Quando a imagem sugere lesão, é feito o diagnóstico por meio de biopsias para confirmar e iniciar a definição terapêutica.
O oncologista ressalta que o tratamento na fase mais precoce envolve principalmente a cirurgia para a retirada da lesão, e a quimioterapia, que algumas vezes é feita antes e outras após. “Em fases mais avançadas, o tratamento é feito com quimioterapia e alguns casos selecionados há a indicação de imunoterapia, terapia-alvo dirigida”.
Como trata-se de doença menos frequente, classificada em 14º lugar, equivalendo a 5% dos casos de câncer, o médico explica que ela não faz parte do programa de rastreamento. Significa dizer que não há exames de imagem para fazer a busca ativa na população assintomática. Por isso, ele recomenda que as pessoas fiquem atentas às medidas comportamentais que podem reduzir o câncer de pâncreas.
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