segunda-feira, 24 de maio de 2021

Museu do Ipiranga defende acessibilidade


Iniciativa do setor educativo busca fomentar o debate e a inclusão de pessoas com diversos tipos de deficiência nos espaços da instituição




Desirée Nobre é a palestrante e discorrerá sobre comunicação inclusiva 


O setor educativo do Museu do Ipiranga se prepara para atender de forma inclusiva todas as pessoas com algum tipo de deficiência, em sua reabertura, em 2022. Tendo a acessibilidade como um dos principais preceitos do Novo Museu, com recursos para uma fruição integrada, as exposições contarão com recursos como áudio-guias, audiodescrições, vídeo-libras, impressão em tinta ampliada, braile e objetos táteis, além do acesso irrestrito a todo o Edifício-Monumento. Até a reabertura, o Museu reafirma seu compromisso com palestras que visam ampliar a discussão sobre Museus e acessibilidade. Os eventos são transmitidos pelo Instagram do Museu , sem necessidade de inscrição prévia.


A primeira palestra, Pessoas com deficiência trabalhando em museus: desafio ou necessidade?, aconteceu no dia 7 de maio, e está disponível no YouTube da instituição . Nela, o educador cego com atuação no Museu Histórico Nacional, Leonardo Oliveira, partiu de sua experiência como educador e usuário dos espaços museológicos para apresentar suas impressões e reflexões de como essa acessibilidade deve se dar, seus pressupostos e práticas, para que de fato o acesso seja pleno.


E nesta quarta-feira, 26 de maio, às 17h, o tema Comunicação inclusiva para museus: dilemas e possibilidades será apresentado por Desirée Nobre. Professora convidada da UFPel e doutoranda de dois programas de pós-graduação com foco em comunicação acessível, sobretudo para Museus, a palestrante irá compartilhar conceitos relacionados à linguagem simples e à escrita ampliada, ou aumentativa, e as possibilidades de aplicação desses referenciais nos textos e sistemas de comunicação dos museus.


SERVIÇO
26 de maio, quarta-feira, às 17h
Comunicação inclusiva para museus: dilemas e possibilidades
Transmissão via Instagram do Museu do Ipiranga
Com Desirée Nobre


Sobre a palestrante
Doutoranda em Museologia pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT/Portugal) e Doutoranda em Memória Social e Patrimônio Cultural (UFPel). Mestra em Memória Social e Patrimônio Cultural. Atuou como colaboradora da Rede de Museus e na Pró-reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Pelotas (2018-2020). Realizou estágio em Acessibilidade Cultural no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e residência profissional no Museu de Leiria, ambos em Portugal. Organizadora do livro multiformato "A Casa do Conselheiro". Pesquisadora em Acessibilidade Cultural para pessoas com deficiência.


Museu do Ipiranga - USP
Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga é sede do Museu Paulista da Universidade de São Paulo, e seguiu em atividade com eventos, cursos, palestras e oficinas em diversos espaços da cidade. As obras de restauro, ampliação e modernização do Museu são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura. A gestão do Projeto Novo Museu do Ipiranga é feita de forma compartilhada pelo Comitê Gestor Museu do Ipiranga 2022, pela direção do Museu Paulista e pela Fundação de Apoio à USP (FUSP). As obras se iniciaram em outubro de 2019 e a expectativa é que o museu seja reaberto em setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil. Para mais informações sobre o restauro, acesse o site museudoipiranga2022.org.br .


O edifício, tombado pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal, foi construído entre 1885 e 1890 e está situado dentro do complexo do Parque Independência. Concebido originalmente como um monumento à Independência, tornou-se em 1895 a sede do Museu do Estado, criado dois anos antes, sendo o museu público mais antigo de São Paulo e um dos mais antigos do país. Está, desde 1963, sob a administração da USP, atendendo às funções de ensino, pesquisa e extensão, pilares de atuação da Universidade.


As obras do Novo Museu do Ipiranga são financiadas via Lei de Incentivo à Cultura.


Patrocinadores e parceiros: BNDES, Fundação Banco do Brasil, Vale, Bradesco, Caterpillar, Comgás, CSN - Companhia Siderúrgica Nacional, EDP, EMS, Itaú, Sabesp, Banco Safra, Honda, Postos Ipiranga, Pinheiro Neto Advogados, Atlas Schindler e Novalis.



Fonte: Assessoria de Imprensa Museu do Ipiranga
Conteúdo Comunicação

Arquiteto deixa legado em nível mundial

Em sua carreira recebeu prêmios internacionais como
Pritzker e Leão de Ouro na Bienal de Veneza




                                                                                         Foto Andre-Seiti
Paulo Mendes da Rocha tem trajetória marcada pela visão humanística 

O renomado professor e arquiteto brasileiro Paulo Mendes da Rocha, que ao longo de sua carreira recebeu importantes destaques no Brasil e no mundo, como os prêmios Pritzker, em 2006, e o Leão de Ouro na Bienal de Veneza, em 2016, nos deixou no último domingo (23).

Rocha se formou 1954 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e, ao longo dos anos, foi se destacando no cenário contemporâneo da Arquitetura e se dedicando às disciplinas e aos alunos da FAU Mackenzie. Diversas foram as obras projetadas no país e no mundo, tais como a recuperação da Pinacoteca de São Paulo, SESC 24 de Maio (SP), Museu dos Coches (Portugal), Museu da Língua Portuguesa (SP), Reforma Estação da Luz (SP), Praça do Patriarca (SP), MUBE (SP), Casa do Quelhas (Lisboa), entre outras.

Para a diretora da FAU Mackenzie, Angélica Alvim, Paulo Mendes representou ao longo de quase 70 anos dedicados à profissão "a arquitetura brasileira de uma maneira exemplar, contribuindo expressivamente para a sua internacionalização, marcada por inúmeros prêmios - Pritzker (2006), Leão de Ouro de Veneza (2016), Imperial do Japão (2016), Medalha de Ouro do Royal Institut of British Architects (2017), Medalha de Ouro pela União Internacional de Arquitetos (2021), prêmio este que coroou sua brilhante carreira".

Em 2007, nos 60 anos da FAU-Mackenzie, o professor recebeu o título de Doutor Honoris Causa. O dom de ensinar era inerente a sua personalidade; a cada conferência, encontro ou bate-papo, o mestre transmitia o valor da arquitetura e da vida em sociedade. Já em 2017, Paulo Mendes esteve na abertura das comemorações dos 70 anos da FAU do Mackenzie, falando de sua trajetória pela faculdade e sua carreira profissional. Para o reitor da UPM, professor Marco Tullio de Castro Vasconcelos, "perdemos um arquiteto admirável e um homem com uma visão humanística que sempre se posicionou politicamente em favor da justiça e da dignidade humana."

"Um arquiteto e amigo que nos deixa órfãos, pois com ele aprendemos muito sobre arquitetura e a própria vida. Um grande um defensor da vida citadina, das relações e das dinâmicas urbanas e da solidariedade com a qual a arquitetura poderia sempre contribuir", finaliza a diretora.

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está na 103º posição entre as melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação. 



Fonte:
Assessoria de Imprensa Instituto Presbiteriano Mackenzie