quarta-feira, 3 de junho de 2015

Peirópolis prepara junho especial

                                                   Fotos Luís Adolfo/UFTM
A reconstrução tem a assinatura do paleoartista Rodolfo Nogueira, 
com apoio técnico do professor Thiago Marinho


A Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, por meio do Complexo Cultural e Científico de Peirópolis - CCCP/UFTM, apresentou nesta quarta-feira (3), a reconstrução de um dinossauro Maniraptora, espécie de dinossauro carnívoro pertencente ao mesmo grupo do famoso Velociraptor. O Complexo prepara programação especial que acontecerá entre os dias 8 e 12 de junho com dois eventos simultâneos, um voltado para a área acadêmica e outro para o público geral.
O grupo de dinossauros associados aos denominados Maniraptora, apresentado no CCCP/UFTM, foi reconhecido após a descoberta de uma de garra no sítio paleontológico de Peirópolis, na região conhecida como Caieira, de onde já foram descritas oito espécies únicas no mundo. O fóssil foi encontrado em 2004 e a sua publicação no meio científico foi realizada em 2005 na conceituada Revista do Museo Argentino de Ciencias Naturales -MACN, pelos pesquisadores Fernando E. Novas do MACN e geólogos Luiz Carlos Borges Ribeiro do CCCP/UFTM e Ismar de Souza Carvalho do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Desde então, o fóssil tem sido exposto no Museu dos Dinossauros.


Os maniraptores são um grupo de dinossauros bípedes, sendo a maioria carnívoros. Acredita-se que eles tenham dado origem as aves. “Nos últimos 20 anos, houve um notável avanço da Paleontologia de vertebrados, quando uma grande quantidade de dinossauros com penas começaram a ser descobertos, em especial na China. A partir de então, os estudos concluíram que grande parte dos dinossauros, especialmente os bípedes, incluindo até mesmo o temível Tyrannosaurusrex, tinham penas”, explicou o professor e também supervisor do CCCP/UFTM, Thiago Marinho.
Assim, apesar de não se ter muitos elementos fósseis deste animal, o estudo da garra encontrada em Peirópolis em 2004 apontou, em analogia a outras espécies descritas fora do país, que definitivamente se trata de um dinossauroManiraptor e, portanto, um dinossauro emplumado, assim como seus parentes modernos, as aves. Por isso, a nova reconstrução, executada pelo paleoartista Rodolfo Nogueira, com apoio técnico do professor Thiago Marinho do CCCP/UFTM, exibe uma extensa plumagem recobrindo seu corpo.

Desenho cedido com exclusividade para este blog 
pelo autor Rodolfo Nogueira


O paleoartista se dedicou durante seis meses para fazer a escultura
digital e a escultura real


A reconstrução levou em consideração a garra fóssil encontrada em Peirópolis assim como fósseis de espécies similares descobertos em outras localidades, os quais apresentam esqueletos mais completos e articulados, às vezes, conservando até mesmo impressões de penas. O resultado final da reconstrução em vida do Maniraptor de Peirópolis é um animal com cerca de 1,8 metro de comprimento, membros anteriores bem desenvolvidos e mãos capazes de capturar pequenos animais, inclusive filhotes de outros dinossauros.
A reconstrução foi desenvolvida graças a projeto coordenado pelo professor Vicente de Paula Antunes Teixeira, com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – Fapemig, Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba – Funepu, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI.
                                                                                                                                            


Programação junho



                                                                                                                               Foto Divulgação

Em junho, programação especial irá movimentar Peirópolis. Dois eventos acontecem simultaneamente nas dependências do CCCP/UFTM, um aberto ao público geral e outro ao público acadêmico.
O “Terra dos Dinossauros”, que acontece de 8 a 11 de junho, será aberto ao público geral e irá promover visitas aos espaços e escavações do Complexo de Peirópolis, oficinas infantis e a exibição dos filmes Jurassic Park em que haverá mesa-redonda com a participação especial dos paleontólogos Aline Ghilardi e Tito Aureliano. Escolas da região podem agendar a participação no evento por meio de formulário online.
Já o III Simpósio da Liga Acadêmica de Evolução, que acontece de 8 a 12 de junho, é voltado ao público acadêmico. Os interessados devem se inscrever, pois as vagas são limitadas. Informações pelo e-mail:laeuftm@outlook.com

Fonte: Comunicação UFTM


domingo, 31 de maio de 2015

Aracelle e Jazz Mineiro lotam Teatro Sesi

                                                         Face Pretta Lilian

O show “Tributo  Cássia Eller”, com Aracelle Fernandes e Quarteto Jazz Mineiro, formado por Waldir Jr. (guitarras e violões), Rafael Camilo (piano e teclados), Daniel Amâncio (baixo) e Thiago Vieira (bateria/percussão), no último dia 29 de abril, superlotou o Teatro Sesiminas e foi simplesmente perfeito. Plateia emocionada a cada canção cantava junto, aplaudia, assobiava, enfim. As emoções se misturavam para tentar expressar a satisfação de ver os filhinhos de Uberaba fazerem um show digno de grandes palcos, de grandes metrópoles.
Toda de preto e com uma flor vermelha no chapéu, Aracelle entrou já arrasando com "Quando a Maré Encher", de Fábio Trummer. Aplaudidíssima,  a cantora seguiu com sua marcante presença de palco. Segura e com performance dançante com liberdade e muita desenvoltura.

                                                         Face Pretta Lilian

O repertório passeou por imortais canções como "Por Enquanto", de  Renato Russo;  "All Star", "Luz dos Olhos" e "Relicário", de Nando Reis; "Malandragem", de Cazuza/Frejat; "Palavras ao Vento", de Marisa Monte/Moraes Moreira; "Coroné Antônio Bento", de João do Vale/Luis Wanderley. Com "Top Top", de Mutantes/Liminha, ela se superou levando os fãs ao delírio.

                                                  Face Anete Cristina Vilela

Ao interpretar "Non, Je Ne Regrette Rien", de Michel Vaucaire/Charles Dumont, Aracelle tocou o público mais uma vez com a sua perfeita interpretação, com destaque para a ótima pronúncia do charmoso idioma. Ela também cantou "Nós", de Tião Carvalho, "Partido Alto", de Chico Buarque; "Vá Morar com o Diabo", de Riachão;  "Todo Amor que Houver Nessa Vida", de Cazuza/Frejat e até "Eu Sou Neguinha", de Caetano Veloso. Outro momento de êxtase da plateia ocorreu com "Geração Coca-Cola", de Dado Vila Lobos/Renato Russo, de quem também cantou "Vento no Litoral" e "1º de Julho". "Lanterna dos Afogados" de Herbert Vianna foi outra que levantou o público, bem como "E.C.T", de Nando Reis/Marisa Monte/Carlinhos Brown; "Vila do Sossego", de Zé Ramalho e "O Milagreiro", parceria de Cássia com Djavan. Com o "O Segundo Sol", de Nando Reis, Aracelle não resistiu, se levantou e regeu o público que cantou divinamente a deixando emocionada. 
Aracelle brilhou e com ela os excepcionais músicos que a acompanhavam, que formam o Quarteto Jazz Mineiro. Por várias vezes a plateia aplaudiu entusiasmadamente os solos da guitarra de Waldir Jr.; do piano de Rafael Camilo; a batera de Thiago Vieira e, claro, o baixo de Daniel Amâncio.  Um espetáculo que foi aplaudido de pé pelo público e que terminou com um inevitável gosto de quero mais. A vontade de muitos era de se sentar e assistir a mais uma apresentação. Foi assim comigo. Queria tudo de novo e mais e mais! A expectativa é de que o Teatro Sesiminas possa programar outras apresentações de Aracelle e o Quarteto Jazz Mineiro!







O meu muito obrigada a vocês, membros e/ou leitores deste blog,  pelo carinho especial!