quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Calendário tem renda para Hospital do Câncer

                                                                                                                         Foto Francis Prado

Idealizado pelas arquitetas Alê Rôso (centro), Jacqueline Potenza (esq) e Elisa Araújo (dir), o Calendário Atma 2015 tem como modelos 12 mulheres de Uberaba, algumas que já superaram o câncer e outras em tratamento. Com patrocínio do Centro das Indústrias do Vale do Rio Grande (Cigra), Fiemg e outros, ele foi lançado no dia 13 de dezembro de 2014, e está à venda por R$ 20 com renda total para o Hospital Dr. Hélio Angotti.
Entre as que posaram para a fotógrafa Francis Prado, está Sissa Rezende, que faleceu um dia antes do lançamento. A cerimônia, durante a ExpoCigra, no Parque Fernando Costa, foi comovente, já que as 11 fizeram bela homenagem à Sissa dedicando-lhe o evento emocionando a família dela, que compareceu à cerimônia. Sissa era uma das mais entusiasmadas com o projeto contagiando a todos com a sua alegria. A rosa branca que cada uma carregava foi entregue à Amanda, sua filha.
Acompanha o calendário, gratuitamente, a revista Atma, que tive a felicidade de assinar como jornalista responsável, tem projeto gráfico da Agência Távola Comunicação, dirigida por Geraldo Djalma, e traz entrevistas com as 12, e com especialistas como o oncologista Rafael Scandiuzzi, a  dermatologista Giovanna Prata e a psicóloga Ângela Marina Kefalás Barbosa, o fisiatra Clóvis Garcia Borges, sobre temas ligados à prevenção, tratamento e superação do câncer, e, ainda, com o advogado Richard Maciel falando sobre os direitos dos pacientes com câncer. 
O calendário está à venda no Hospital Dr. Hélio Angotti, no Loft da Construção (rua Major Eustáquio, 148) na Leara Calçados (rua Tristão de Castro, 545) e com as modelos convidadas.

Estrelas do calendário Atma 2015





Denisléia Oliveira de Souza (janeiro)
Farmacêutica
Solteira

Com uma dor intensa no intestino, Denisléia procurou um hospital em 2010 e já ficou internada. Ela teve que buscar forças para absorver a notícia de que se tratava de um tumor maligno e enfrentar o tratamento. Fez seis meses de quimioterapia e a cirurgia. Voltou ao trabalho e à academia e foi promovida a subgerente no trabalho. Dois anos depois, soube da presença de metástase no pulmão e recomeçou a luta, sempre  com muito pensamento positivo. Fez a cirurgia e sente que está curada.  O médico dela diz que sua forma de conduzir tudo com firmeza é referência para os demais pacientes dele. Denisléia recebeu o convite para posar de forma meio tímida, no entanto, aceitou pelo propósito e vai deixar fluir no olhar a confiança, palavra que a define. E sua mensagem é: “Nunca perca a esperança! Aceite de cabeça erguida qualquer dificuldade. A fé, verdadeiramente, leva à superação da doença.”




Valéria Cristina Silva (fevereiro)
Funcionária Pública Municipal aposentada
Três filhos e quatro netos

Valéria ficou sem ação ao receber o diagnóstico de que estava com câncer no intestino, em 2009. Na hora, a família e pessoas que a amam vieram à sua cabeça. Muito católica, se lembrou da imagem de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, que sempre olhava para baixo, mas quando ela visita a igreja, tem a impressão de que a santa olha nos olhos dela. Valéria superou a doença, mas recentemente soube que os seus pulmões estão comprometidos e recebeu do médico o cruel diagnóstico de que tem menos de um ano de vida. Mas ela tem fé na sua cura. Valéria garante não ter medo da doença e seguirá vivendo cada minuto, cada sorriso, cada encontro. O convite ela recebeu com muita alegria, pois é uma forma de massagear o ego e de contribuir para ajudar a quem precisa. Fé é a palavra que a define e a sua mensagem é: “Tudo posso naquele que me fortalece! A fé a vontade de vencer sempre fizeram parte da minha vida. Não é fácil, mas eu venci e vou vencer sempre, porque meu Deus é vivo!.”




Ana Paula Rodrigues (março)
Empresária
Casada
Um filho

Para não esmorecer diante do diagnóstico de câncer no intestino, descoberto em 2012, Ana Paula criou uma força além, especialmente revigorada a cada vez que olhava para o filho, na época com dois anos de idade. “A vida queria de mim um pouco mais de calma, um pouco mais de alma, como diz a canção do Lenine.” A partir daí Ana Paula mudou. Descobriu o que é realmente importante. Enquanto fazia o tratamento mergulhou no trabalho, pois acredita que manter a mente ocupada é essencial. Católica, diz que sua fé transcende e ofusca o medo. “Às vezes encaro a doença como um presente, porque eu mudei e mudei para melhor.” O convite para ser uma das modelos a emocionou. Ana Paula é avessa a fotos, mas pelo propósito aceitou e está feliz por poder inspirar confiança.  Para ela, os ingredientes para superar a doença são: fé, família e amor. Este é o tripé que a define e sua mensagem é: “Não deixe nada para depois, viva cada segundo intensamente, sem deixar de conversar com Deus. Eu converso com Ele todos os dias.”





Neusa Maria Kopke Venceslau (abril)
Agropecuarista
Casada
Quatro filhos e dois netos

Neusa detectou o tumor de mama através do autoexame, em 2012. Ela não se deixou levar pelo desespero e, no início, nem comentou com a família. É da sua natureza agir com essa força, porque sua fé é inabalável.  Neusa optou pela mastectomia, mais tarde reconstruiu a mama e voltou a jogar tênis e a desenvolver as atividades do dia a dia como antes. Passou a valorizar cada dia da sua vida, pois gosta muito de viver e conseguiu continuar com naturalidade, de forma serena. Ao convite Neusa respondeu positivamente e disse estar pronta para contribuir com a causa, que é nobre. Ela acredita que Deus não envia nada que Seus filhos não consigam enfrentar. Determinação é a palavra que a define e a sua mensagem é: “É preciso ter muita fé, muita vontade de viver. Se você tiver fé e determinação, com certeza, vai vencer.”





Ana Gabriela Brandão Zandonaide/Belela (maio)
Médica
Solteira

Quando tinha 8 anos, com muita dificuldade para respirar, Belela tratou por muito tempo uma sinusite. Um dia, um amigo radiologista pediu raios-X da face dela, quando então veio a explicação: um tumor na rinofaringe.  Dois anos depois, descobriu metástase no pulmão e seguiu novo tratamento. Logo, Belela tatuava o couro cabeludo e virava a sensação do hospital. Conheceu os artistas Oscar Magrini e Matilde Mastrangi, seus amigos até hoje, e chegou a fazer uma ponta numa novela global. Ela optou por cursar medicina para aliviar a dor das pessoas e acredita que a própria experiência faz a diferença na sua vida profissional. Belela diz que ficou feliz com o convite porque fará algo para ajudar, pois quem ler estas linhas verá que há esperança, já que ela é um feliz caso de sobrevivência.  Positividade é a palavra que a define e sua mensagem é: “A gente não pode mudar o que vai viver, mas pode escolher como viver. Temos sempre de aprender a nos colocar no lugar do outro e a ter fé. A fé e a família são sempre o nosso porto seguro.” 



Elaine Furtado (junho)
Engenheira civil, arquiteta, professora universitária
Casada

 Elaine sempre teve certeza da sua total recuperação. Quando descobriu um nódulo na mama direita, durante uma depilação, em 2006, só pensou que tudo ia dar certo. Acertou! Em 2010, um câncer apareceu no ovário e ela fez novas cirurgias. Em 2013, observou uma pequena saliência no nariz e, mais uma vez, câncer. Tratou-se e venceu! Com o câncer, algumas coisas que ela achava essenciais, não são mais. Elaine diz que mudou e mudou para melhor. “Isso foi bom. Carinho, amor, compreensão, respeito, amizade, é o que nos faz melhores”. Toda a sua família, bem como amigos, companheiros de trabalho e alunos sempre estiveram ao seu lado,  aquela batalhadora. A palavra que a define é empreendedora, pois sempre teve certeza do que quer e faz tudo com muito gosto. Sua mensagem é: “Deus está sempre ao nosso lado. O tratamento nos torna mais fortes. Não devemos nos sentir doentes, devemos ser otimistas e saber que vamos vencer mais esta batalha!”.


Arahilda Gomes Alves (julho)
Aposentada 
Viúva
Um casal de filhos e cinco netos
Era maio de 2014, quando Arahilda recebeu o diagnóstico de um nódulo positivo na mama. Os fatos, com o passar dos dias, pareceram normais, ela apenas não encarava suas atividades e projetos com euforia. Um fato a marcou. No dia da cirurgia  foi à capela da Medalha Milagrosa e pediu que, caso tudo corresse bem, que indicasse um trabalho voluntário, em agradecimento. Partiu da Madre Maria dos Anjos o convite para Arahilda ministrar lá aulas de Canto. A resposta imediata a comoveu e devolveu-lhe dias normais e agora pouco pensa na doença acreditando que ela tenha sido um acidente de percurso. A palavra que a define é arte e sua mensagem é "Se o viver é uma incógnita, saibamos vivê-lo intensamente seguindo rotas que nos levam a  tropeçar e a desafiar, a analisar e a cantar pelos caminhos. Sou o que minha voz e meus gestos definem  em catarse, na revelação de meu EU sempre corajoso e crédulo."






Tuca Hanave (agosto)
Artista plástica
Casada

Há 14 anos, Tuca soube que estava com câncer de mama e achou que ia morrer. As primeiras semanas foram de muita insegurança, medo, enfim, mas sempre contando com o imprescindível apoio do marido e de toda a família. Depois percebeu que a cura não é impossível. Ela optou pela mastectomia, mas está convicta de que o que realmente a mantém viva é a alegria de viver. Ela passou a curtir mais a família e no dia a dia continuou jogando tênis e hoje também luta boxe. Uma de suas maiores alegrias é a arte plástica, à qual dedica grande parte de seu tempo. O convite ela recebeu com muito orgulho. Diz que ainda não pensou na pose (a entrevista foi feita antes da sessão), mas que acha muito bacana a iniciativa que vai ajudar o Hospital Dr. Hélio Angotti. Alto astral é o que a define e sua mensagem é: “Viva o hoje! Amanhã é outro dia!”









Sissa Rezende (setembro) 
Casada
Uma filha 
Entrevista concedida em novembro de 2014. Ela faleceu no dia 12 de dezembro, um dia antes do lançamento do Calendário
Em 2004, quando sua filha tinha sete anos, Sissa estava bem magra e achava que a perda de peso era devido  à prática de esportes, especialmente o tênis. Ao saber que se tratava de um câncer, se tratou e ficou curada. Dez anos depois, deparou novamente com a doença e recomeçou a luta. Fez transplante de medula e renasceu. Começou a amar mais, perdoar mais e a não guardar mágoa. “Eu tive e tenho três motivos para viver: minha mãe, meu marido e minha filha.” Hoje, Sissa não passa vontade de nada e ama festa. Ser uma das musas do calendário, para ela, é uma forma de dar exemplo para as pessoas, Ela alerta que a doença é silenciosa e que a prevenção é o melhor caminho. Esperança é a palavra que a define e sua mensagem é: “Deus não disse que a caminhada era fácil, mas também não disse que não valeria a pena lutar. Com esperança, fé, amor e apoio eu consegui minha vitória.”



Celina Maria Alves (outubro)
Empresária
Casada

  
Depois de descobrir que estava com câncer de mama, durante a campanha Outubro Rosa de 2014, Celina foi para São Paulo fazer compras, pois o trabalho representou para ela um alento, pois não queria preocupar o marido, a mãe e demais familiares. Sua primeira preocupação foi com a mãe, que depende de cuidados especiais. Não demorou muito, Celina levantou a cabeça e buscou Deus. Seu habitual otimismo voltou com tudo ao lado da sua contagiante alegria de viver. Ela assimilou que fará o tratamento e enquanto isso viverá da melhor maneira possível. A doença lhe trouxe algo de bom: a aproximou mais do marido reconhecendo nele um companheiro leal e muito amoroso. Abençoada é a palavra que a define e sua mensagem é: “Não tenho o hábito de pedir nada a Deus. Tenho o hábito de agradecer, sempre. Tudo tem um propósito. Devemos ser guerreiras, sorrir muito e não desistir jamais. Deus nos dará a vitória!”.



Dulce Helena Borges Guaritá Bento (novembro)
Casada
Dois filhos e três netos 

Dulce descobriu que estava com câncer de tireóide, em 2008 e em 2009 recebeu o diagnóstico de que estava com um tumor na mama. Ela perguntou a Deus o que estava acontecendo. Através de uma amiga, veio a resposta: POR QUE NÃO EU? Dulce diz que reconhece o fato de que muitas pessoas passam por grandes provações, lutam e saem vencedoras. A família, o carinho, amizades e orações foram seus remédios.  Hoje, ela  se sente agradecida a Deus pela oportunidade de crescimento interior. Ficou mais forte e aproveita os bons momentos ao lado do marido, Fernando, os filhos Marcelo, Maria Fernanda e Rafael, e os netos, Mariana e Joaquim. Dulce revela que descobriu que a felicidade está na simplicidade da vida. A expressão que a define é alegria de viver. E a sua mensagem é: "Fé e otimismo são o melhor caminho."




Viviane Quirino (dezembro)
Representante comercial
Casada
Três filhos

Viviane completou neste mês, cinco anos da cirurgia que fez após receber o diagnóstico de câncer de mama. Ela ficou alguns dias meio anestesiada. De repente, pensou que era melhor ser com ela e não com seus filhos e esposo.  “Minha família é minha vida, meu tudo.” Viviane então começou a agradecer a Deus, pois não sabe se teria com eles a estrutura que eles tiveram com ela. Conta que seu marido, amigo e companheiro, Walter, parou tudo para ficar ao seu lado, assim como os filhos Ana Carolina, Fabrício e Ana Flávia, que a ajudaram a encarar os efeitos da quimioterapia com certa leveza. Conta que teve muitas provas de amizades, de entendimentos, um deles com seu amigo Luiz Carlos Souza Campos, que a ajudou a entender o porquê de tantas coisas de uma maneira linda. Quase cinco anos depois da cirurgia, Viviane se sente renovada. “Digo que se essa doença não envolvesse tanto sofrimento seria essencial que passássemos por isso.” Ela agradece a Deus, à sua família, aos seus médicos e amigos e diz que hoje é alegre, de bem com a vida e com muita vontade de viver cada vez mais. A palavra que a define é Vida e sua mensagem é "Não desista! Erga a cabeça e bola pra frente, com fé em Deus e muita vontade de viver."





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